Nota de Inicío

Recordar é (re)viver...
São as nossas memórias colectivas como povo, como comunidade, que nos definem e que nos enobrecem.
As nossas tradições, usos e costumes, são o nosso maior legado.
Este espaço é dedicado tão somente aqueles que aparecem nestes pequenos pedaços de "antigamente", e a quem nos presenteou com a sua partilha...
Procura-se pois quem queira partilhar aqui o seu expólio particular, paga-se com divulgação dos seus proprietários e com o agradecimento de todos aqueles que por aqui passam.

sábado, 23 de maio de 2009

Fábrica da Baleia II ...



A Fábrica da Baleia do Boqueirão é um edifício industrial imponente, implantado junto do antigo porto do Boqueirão, a norte do núcleo urbano antigo e cuja rampa de varagem foi reconstruída e adaptada para alar de forma mecânica os enormes cachalotes que eram caçados nos mares do Grupo Ocidental. É bem demonstrativa da época áurea da baleação açoriana que se viveu durante e imediatamente após a Segunda Guerra Mundial.
A fábrica foi construída por iniciativa de Francisco Marcelino dos Reis, um industrial de Lisboa, representado na ilha por José Jacinto Mendonça Flores, que depois seria sócio do investidor original na firma Reis & Flores, que durante muitos anos operaria uma armação baleeira na ilha. A construção começou em Outubro de
1941, tendo as máquinas sido montadas a partir de Março de 1943. A fábrica começou a laborar no Verão de 1944, provavelmente no mês de Julho. Funcionou ininterruptamente até 1976, ano em que iniciou um interregno de dois anos, tendo depois feito algumas tentativas de recomeço até 1981, ano em que encerrou definitivamente. O auge da actividade foi atingido em 1963, ano em que processou 103 cachalotes, e a última captura na ilha foi feita a 24 de Novembro de 1981, quando o bote do oficial José Jacinto Mendonça Furtado arpoou a vigésima primeira baleia desse ano.

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