Nota de Inicío

Recordar é (re)viver...
São as nossas memórias colectivas como povo, como comunidade, que nos definem e que nos enobrecem.
As nossas tradições, usos e costumes, são o nosso maior legado.
Este espaço é dedicado tão somente aqueles que aparecem nestes pequenos pedaços de "antigamente", e a quem nos presenteou com a sua partilha...
Procura-se pois quem queira partilhar aqui o seu expólio particular, paga-se com divulgação dos seus proprietários e com o agradecimento de todos aqueles que por aqui passam.

terça-feira, 19 de maio de 2009



Neste postal de Boas Festas, á esquerda o Antigo Hotel dos Franceses, Actual Servi-Flor, á direita o então recente Hospital das Flores.



Curiosidade: O Hospital de Santa cruz das Flores foi fundado em 1878, por iniciativa de António Vicente Peixoto Pimentel (18271881), filho segundo de uma casa de morgados florentinos herdeiros do vínculo instituído pelo padre Inácio Coelho em 1642, o mesmo que fundara o Convento de São Boaventura.
Face à necessidade de encontrar um imóvel que albergasse o hospital, foi escolhido o antigo convento, vazio após os franciscanos terem sido expulsos em 1834 e então propriedade de Francisco da Cruz Silva e Reis, que o havia adquirido em hasta pública. Adquirido o imóvel, por Decreto de 30 de Julho de 1877 foi o mesmo entregue à Santa Casa da Misericórdia de Santa Cruz das Flores, para hospital e asilo da infância desvalida. Através de uma incessante campanha de angariação de fundos, conduzida por Peixoto Pimentel a partir de Lisboa, onde se fixara, parte do convento foi demolida e uma nova ala construída e equipada para servir de hospital para as ilhas das Flores e Corvo. O hospital entrou em funcionamento em 1881, no ano em que faleceu o seu fundador.
Encerrado durante alguns anos na
década de 1940, reabriu em 1945, mas então com graves deficiências face à evolução tecnológica que se verificara. Um novo fôlego apenas surgirá quando se estabeleceu nas Flores a Estação Francesa de Telemedidas, sendo então demolida uma parte do convento e construído, paredes-meias, um edifício completamente novo, à época um dos mais modernos dos Açores, dotado com equipamentos e condições técnicas ímpares. Para além dos médicos locais, ali trabalharam médicos militares franceses que trouxeram formas de tratamento nunca sonhadas pelos florentinos. Com equipamento cirúrgico avançado, foi durante algumas décadas o melhor hospital dos Açores, realizando localmente cirurgias complexas.

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